Algo extravagante, irreverente, diferente, sentimental, frio, revoltante, sexy, real, simples e composto. O abstracto está em todos nós, mas só alguns o conseguem tornar concreto.

29
Abr 09

Mais uma vez chega à aula com um sorriso, olhou para nós e disse boa tarde para todos a ouvirem mas algo a inquietou, tenho a certeza que foi o facto de estarmos todos na ramboia. Sentou-se e simplesmente não abriu a boca. De repente desata aos berros, pensei que se estava a passar. Bem sozinha espunha os seus argumentos infaliveis com clareza, todos olhavam para ela com cara de gozo mas eu não. Não conseguia, percebi como tinhamos sido injustos ao trata-la sem o minimo respeito. Ela sabia que ninguém lhe estava a ligar nenhuma, mas continuava a falar e a falar, disse com todas as letras o que pensava sobre a escola em que trabalhava na tentativa de que algum de nós criticasse os verdadeiros erros existentes e que nos deixassemos de preocupar com coisas insignificantes, eu percebi-a com toda a clareza.
Continuou a lutar, e não desistiu até que arrancasse algo de nós. Não se importou com mais nada. Naquele momento tudo se alterou, passei a vê-la não como uma simples professora de filosofia mas sim como um ser humano incrivel, passei a olha-la com ademiração. Despertou em mim o sentimento crítico que eu julgara desaparecido mas que felizmente regressou.

Vivemos acomodados com os grandes erros, julgamos que não podemos fazer nada.. Mas como é que sabemos se podemos fazer alguma coisa se nem sequer tentamos?
Vivemos em tempos de crise, vêmos inumeras injustiças todos os dias e não agimos. Porquê?

publicado por Isabel Sanchez às 16:16
sinto-me: Revolucionaria

09
Jan 09

 

Desde que me lembro de existir que me faço regularmente esta pergunta: "Estará o nosso destino traçado por alguém? Será que temos algum tipo de poder na escolha do nosso futuro?". É uma pergunta intrigante, que me consome.

Sem certezas de nada, gosto de pensar que sou em quem traça o meu destino, gosto pensar que aquilo que sou hoje foi ás minhas custas e não porque foi determinado por alguem. Gosto da sensação de Liberdade, gosto de acreditar que sou livre.

Realmente, se o meu destino tivesse sido traçado por alguém qual seria o meu papel neste mundo? O que é que eu andaria aqui a fazer? Limitar-me a seguir as linhas traçadas por algo ou alguém? Ser uma especie de 'paresita' que se limita a seguir algo traçado por qualquer tipo de ser ou coisa? NÃO. Penso que se existo é porque estou aqui realmente a fazer alguma coisa, não só para existir por existir, mas para decidir o meu destino, fazendo as minhas escolhas livremente. 

Sei que poderá não ser assim, mas se eu descobrisse que alguem tinha traçado um destino para mim, e que era assim que eu o iria cumprir sem poder modificar nada, acho que desvalorizaria a minha existência.
Defendo que somos aquilo que criamos, que temos aquilo para que trabalhámos. Que fazemos todos os dias o nosso destino.
Talvez a minha personalidade um pouco independente e 'revolucionaria' me faça pensar desta forma. Acredito plenamente no que digo.
A verdade é que não suporto ter a sensação que tenho alguém acima de mim, que decide a minha vida. 
No entanto, não defendo que tudo está totalmente condicionado, mas também não defendo que somos totalmente livres. Acho que há um meio termo.
Defendo há acontecimentos que condicionam as nossas acções, mas nós temos a capacidade de ser livres contrariando esses mesmos condicionamentos.
Como diz Jean Paul Satre: "Estamos sós e sem desculpas". 

publicado por Isabel Sanchez às 22:10
música: Amy Macdonald - This is the life
sinto-me: Livre

16
Dez 08

 

 

 

 

 Já alguma vez tiveram a sensação que nada do que fazem é realmente o mais correcto? Ou pior ainda, não saberem se o que estão a fazer é realmente o mais correcto? Viverem na incerteza? Já alguma vez sentiram que o mundo vos está a fugir? Já alguma vez criaram inumeros planos que depois não conseguiram cumprir?

Já alguma vez tiveram a necessidade de se revoltar contra algo onde sabem que não há razão possivel para essa revolta?

Já alguma vez sentiram que têm capacidades para muito mais mas só conseguem atingir os limites minimos?

E isso não vos revolta? Isso não vos faz sentir miseraveis? Isso não vos faz sentir fracos e impotentes? Isso não vos faz sentir incapacitados de determinarem o vosso proprio destino?  Não vos faz ficar cobertos de raiva por não atingirem os vossos objectivos?

 

Uhhh, nada mais revoltante.

publicado por Isabel Sanchez às 20:05
sinto-me: Irritada.
música: Pussicat Dolls - I hate this part

06
Dez 08

 

A desilusão é um dos sentimentos mais repetidos pela Humanidade. Causado por uma Ilusão, é uma especie de decepção decorrente de uma experiência negativa. Da qual se sai magoado, ferido, angustiado. Está sempre relacionado com o momento em que nos enganamos a respeito de algo ou alguém em que alguma vez (seja em que momento for) acreditamos. Na maior parte das vezes está relacionado com o amor.

O amor, aquele sentimento tão mas tãao abstracto, considerado o mais forte de todos e também o mais essencial. Sentimento este que intrecala momentos de extrema felicidade (onde nos sentimos a caminhar pelas nuvens, onde só pensamos em determinada coisa, em que vivemos tal momento com imensa intensidade) com momentos de extrema tristeza, desilusão, angústia em que nos sentimos sozinhos num mundo perdido como se vagueassemos pelas ruas completamente desertas e cinzentas. Somos consomidos pela dor, pela insatisfação, e por fim pela revolta.

A revolta, aquela capaz de mover mundos, a revolta incontrolável, a raiva interior, a necessessidade de Vingança.

O desejo de Vingança, aquele que pode modificar-nos para sempre, aquele que nos pode prender de tal forma ao nosso objectivo final que acabamos por destruir tudo à nossa volta, mas mesmo que tudo se ãcabe por desmornar o que verdadeiramente interessa é o objectivo final que depois de concretizado nos tras certa satisfação, mas não felicidade.

Felicidade, aquilo que mais queremos mas que é tão difícil de atingir permanentemente. Voltamos a conseguir a Felicidade, voltamos a iludir-nos pensando que vai durar até que sofremos novamente uma desilusão. E tudo se repete ... Este sentimento tão revoltante persegue-nos.

Até que, ao longo dos tempos com tantas desilusões vamos aprendendo alguma coisa, e no fim a dificuldade está em voltarmos a iludir-nos, em voltar a acreditar.

Não há nada mais lindo que viver na ilusão, o pior é a parte final DESILUSÃO.

Por isso, prefiro a realidade por mais dura que seja.

 

- "No amor todos os caminhos acabam de forma igual - desilusão"

- "A desilusão é a vista da verdade"

- "O amor é filho da ilusão e pai da desilusão"

publicado por Isabel Sanchez às 19:26
música: Mariana Elali - One Last Cry
sinto-me: Inspirada

04
Dez 08

Ele:Quando é que saímos?

Eu: Não sei. Estamos a kilometros de distância.

Ele: Mas quando vieres.

Eu: Talvez, não sei..

Ele: Mas eu quero-te. Quero estar contgo.

Eu: Mas eu não te quero, nem a ti nem a ninguem.

Ele:  Tu é que sabes.

Eu: Olha, agora ficaste chateado. Somos amigos, ou não?

Ele: Esquece que eu alguma vez falei contigo. Perdi o meu tempo, apaga o meu mail e o meu numero.

Eu: Mas tás parvo? Oh meu deus, mas será que voces são todos iguais? Descurso mais tipico doi genero "quero-te comer, mas tu não queres então xau, não quero saber de ti, só te queria mesmo comer" Pessimo, terrível.

Ele: Fica na tua que eu fico na minha, sê Feliz.

[Entretanto bloqueia-me, volta a desbloquear, volta a bloquear tempos depois e por fim desbloqueia]

Eu: Não percebo porque é que me estás a bloquear. Estamos a ter uma conversa amigavel.

Ele: Só vim para apagar o teu mail.

Eu: Esse discurso é me tão famíliar. Os mesmos argumentos .. Tudo igual. Deves pensar que sou como a maior parte das rapariguinhas daí. Comigo não há espaço para cenas despropositadas. Não queres uma amiga? Tudo bem. Continua assim que não vais longe, com as outras talvez pegue. Comigo não. Já nada pega. Não me conheces. Podes ir.  Obrigada por te revelares. Adeus.

 

Reflexão:

Isto é de revoltar qualquer um ou não?

Pensamos que conhecemos minimamente as pessoas. E no entanto passam a vida a não fazer outra coisa senão desiludir-nos. Já não há espaço para desilusões. Não percebo estas mentalidades, revoltam-me. Não percebo estas maneiras de pensar. Não percebo este mundo que eu tenho vindo a descobrir. Não percebo estas ideias, não percebo estas complicações.

Prefiro pensar que há alguem que ainda é capaz de se destacar e marcar a diferença. Alguém que mostre a este monte de gente que a prioridade não é "comer" e "comer" e "comer". Que há mais para alem disto, que as coisas não têm de ser como eles querem. Não têm mesmo. Não é usando as pessoas que chegaram a algum lado, não é.

Precisam de aprender muito, mas muito mesmo. Não é vida.

Eu sou diferente nada igual ao que eles estão habituados, ao tipo de raparigas que se deixam dominar facilmente, aquelas que para elas eles são o mais importante, o mundo gira á volta deles, aquelas que levam com pares e pares de cornos e no entanto perdoam sempre e sempre. Não sou assim e nunca irei ser. Não perdoo traições, não desculpo desilusões. Não tenho que ser igual pois não? 

Chamem-me tudo, chamem-me o que quiserem, mas eu não percebo mesmo estras acções. Chamem-me cobarde por não me querer envolver. Chamem-me fria, gelada, intransigente. Mas é assim que eu quero não é? E se acho que é o melhor para mim, e se estou muitissimo bem assim não percebo a implicância.

Sobre aquele 'amigo' conclui-se que é pessimo e demontra completamente uma falta de caracter incrível.

Concordam comigo?

publicado por Isabel Sanchez às 22:11
música: Britney Spears - Womanizer
sinto-me: Completamente revoltada

30
Nov 08

Terrível

 

Digam-me que é pessimo por favor.

Há pessoas que vivem para o exagero.

Imaginem-se com isto na rua, sintam a reação das pessoas. Tentem navegar na mente delas. Nada terrível, nada péssimo. Nãaaaao. (então não se vê logo?).

Imaginem os inumeros comentários ...

No entanto, não há coisa mais original.

Prossigam com segurança numa rua de lisboa, ignorem tudo, inspirem, expirem.

Revoltem-se, saltem (mas com cuidado pois o salto pode partir) 1, 2 ,1 ,2 passo a passo.

SINTAM O MUNDO.

SINTAM-SE UNÍCOS.

SINTAM-SE GRANDES.

SINTAM-SE INDOMÁVEIS.

 

publicado por Isabel Sanchez às 16:06
música: Sandra Nasic - Fever
sinto-me: Indomável

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